sábado, 16 de fevereiro de 2013

Memoirs de uma Madeirense (actualização!)

Gente boa, hoje é o dia em que me apetece falar sobre a minha vidinha. Comecei este blogue em 2009 com o meu caso do "coração partido" passando pela finalização da licenciatura e depois pela procura de trabalho. Mas eu muito provavelmente não vos fiz uma boa actualização de toda essa informação.

Ora vejamos, depois de ter partido para a universidade aos 17 anos, meti-me num curso que absolutamente detestei, Ensino de Informática. Mas como ainda não tinha todo o juízo na cabeça, ainda lá fiquei por 3 anos até que me passei completamente e mudei para o curso de Comunicação, Cultura e Organizações, que acabei em 2010.
Segui para o estágio profissional para o lugar que jamais algum dia iria imaginar ir mas acabei por gostar e consegui depois ter um contrato de 3 anos, a recibos verdes, mas era melhor que nada.
Nesse lugar onde trabalho não existe ninguém licenciado então achei que era uma enorme oportunidade para mim, e decidi tirar uma segunda licenciatura, desta vez virada para o trabalho que estou a desempenhar. Vamos lá a ver se vai valer alguma coisa este investimento...
Com este trabalho consegui comprar um carro, que para quem não vive aqui na Ilha da Madeira, é uma coisa que faz imensa falta, porque não temos uns meios de transporte formidáveis como comboios e metros.
Apesar de ter um carro, a verdade é que não tenho mais nada, continuo a viver com os meus pais e a desejar o dia em que possa ter um lugar só meu. Mas a minha conta bancária e o facto de não ter um trabalho fixo, não me deixa sonhar por muito mais.
Se existem dias em que adoro relaxar e penso "ainda bem que não tenho as responsabilidades de ter uma família", noutros dias já penso o contrário.
Vida de gaja é complicada...as hormonas e o caraças corroem o juízo.

Quanto à minha relação morosa...Bem, como muitos de vocês sabem quando comecei este blogue, eu tinha o coração partido e em farrapos, por isso é que os primeiros posts são a coisinha mais degradante que possam meter os olhos em cima.
A 5 dias de fazer 5 anos de namoro, no Dia dos Namorados, ouvi a frase que para sempre me irá perseguir: "Não sei o que sinto por ti.". A partir daí tudo mudou, no entanto, a relação aguentou com os seus altos e baixos até chegar a um ponto estável.
Já aguentou 9 anos, mas não existe nada de diferente, continuamos a viver separados, sem uma única palavra sobre um possível futuro e com muito poucas palavras românticas. Muitas vezes sou levada a crer que não há futuro aqui.
Sinto-me como a Margarida e o Donald da banda desenhada da Disney, vivem em casas separadas, nunca se casam e só têm sobrinhos à volta.
Cheguei a uma fase melancólica onde à minha volta só vejo casamentos, filhos e eu sem nada. Só um carro...
Por mais que pense nesta minha relação estranha, chego sempre à conclusão que não sei viver sem o Matildo e que muito possivelmente penso demasiado nas coisas até chegar a um ponto insuportável e tenho receio de ficar como a mulher dos Simpsons, completamente maluca e rodeada de gatos.
Para quem não sabe quem é, é esta:


Ultimamente tenho andado a ouvir cada vez mais alto o som do contar decrescente para o fim do contrato de trabalho. Tudo irá depender do próximo mandato, se me querem ou não.
Mas aquilo que mais me espanta, é que tenho andado à procura de trabalho em sites estrangeiros para a área que me ando a licenciar e existem várias vagas, o que me tem levado a sonhar em começar uma vida nova fora daqui. Já que cá na ilha está tudo fodido, perdoem-me o francês...
Caso isso venha a acontecer, tenho pensado nas consequências.
Os meus pais, formidáveis como são e sempre prontos para me ajudar, irão ficar bem sem mim. A minha irmã está bem perto e com 2 netos e o 3º já a caminho, irá com certeza, amenizar a minha falta.
O Matildo, bem...duvido muito que ele queira emigrar comigo, por isso muito provavelmente será o fim de uma relação que passados 9 anos ainda continua a ser um mistério para mim.
E eu, a sensação de ficar completamente sozinha é esmagadora. A minha família é extremamente importante para mim, e a sensação de deixar de ter um companheiro ao meu lado é sufocante.
A coisa muito provavelmente iria ser muito difícil de digerir nos primeiros tempos, mas de alguma maneira eu iria me desenrascar.

E é isto por enquanto, a vidinha de uma gaja que aos 27 anos ainda não estabilizou a sua vida e vê a emigração como uma possível saída. Em Outubro é que vamos ver que rumo é que vou ter...

Não percam os próximos episódios do "Memoirs de uma Madeirense".


10 comentários:

  1. Matilde, não sei se serve de grande coisa mas eu tenho 29 e com 27 a minha vida também ainda só estava a começar a organizar-se. Dois anos depois tenho tudo que preciso e aconteceu tudo muito rápido. Nunca se sabe se amanhã não tens uma oportunidade para agarrar, que te traga tudo o que precisas. Cá abracinho :)

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  2. Wear sunscreen.
    Don’t feel guilty if you don’t know what you want to do with your
    life…the most interesting people I know didn’t know at 22 what they
    wanted to do with their lives, some of the most interesting 40 year
    olds I know still don’t.

    http://www.lyricscrawler.com/song/3953.html

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  3. Há já uns tempos que andava à procura desta música.

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  4. Fizeste me ir ao baú deste blog e ver o inicio! Matilde, agora tens um carro, amanhã podes ter uma vida! Temos de ter calma ;) sei que não ajuda muito mas, se te fizer feliz, eu, tu e mais uns quantos estão na mesma situação. estou a ponderar seriamente praga, mas não sei se me aguentarei sozinha. acho que teremos de esperar e acreditar! sempre!

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  5. pastora, lamento muito teres que ter ido ao baú do blogue...não vale a pena ires até tão fundo. lol

    Praga? Há muitas oportunidades de trabalho?

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  6. para mim existem algumas, agora para ti já não sei :P mas é uma questão de pesquisar e analisar a situation ;)

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  7. vim cá parar agora e olha, mesmo sabendo pouco, quer emigres, quer não... é mesmo essa vida que queres para ti? refiro-me em particular ao matildo. não me pareces mt feliz e na madeira ou noutro local, certamente que mereces melhor. beijinho

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  8. Eish Matilde, quando ao Matildo posso-te dizer que os homens são todos a mesma cena no que toca a decisões de vida sérias metem a cauda entre as pernas e arranjam 1001 desculpas para fugirem com o rabo à seringa.
    Relativamente ao trabalho pode ser que tenhas sorte e te renovem o contrato, não podemos deixar de acreditar, não é? Se realmente tiveres de emigrar é uma nova oportunidade e quem sabe pode ser o início da algo muito bom e conheças alguém que não tenha medo de avançar na relação.

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  9. Acabei de praticamente aqui aterrar e pumbas!
    O post que coloquei há bocadinho assenta-te que nem uma luva!
    Se te apetecer espreitar, é este:

    http://www.osexoeaidade.com/2013/02/visto-de-passagem-94.html

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Diz-me aí uma bilhardice.