quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Matilde a viver com um gajo pela primeira vez e a tentar não cometer um homicídio

Pára tudo !!!
Hoje vou falar sobre um assunto extremamente sério que me toca. E esse assunto é: porque raio ninguém me disse que viver com a cara metade não é nada daquilo que eu imaginava ?!

Quando era uma tola romancista, sempre quis viver com o Matildo e até chegava a sentir uma revolta por já andarmos juntos há uma carrada de anos e isso nunca ter sido concretizado. Queria tanto aquilo que metia nojo. Se calhar é aquela ideia de que é o que se deve fazer quando andamos com alguém por mais do que 9 anos...era isso o que a sociedade me queria impigir... isso e casar e ter filhos.

Quando viemos para Lisboa viver juntos foi quando comecei a perceber que as coisas não iriam ser tão mágicas como imaginei, sabe-se lá sobre que influência estava... talvez da Disney. Maldita Disney e os seus finais felizes que enganaram a minha geração.

Como alguns sabem, sofro assim, um bocadinho GRANDE de TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo), como já disse anteriormente, e isso leva com que viver com alguém que se está completamente nas tintas para a lide doméstica, me deixe completamente passada dos carretos.

Coisas que me deixam com um tremelique no olho cá por casa:

- Pêlos...pêlos por todo o lado. Eu que gastei uma pequena fortuna em fotodepilação e depilação a laser para me livrar dos malditos pêlos que sempre odiei, eis que de repente eles estão por todo o lado. Pelo chão, pelos lençóis...a sério, como é que ainda existem pêlos no próprio corpo dele quando existem tantos por todo o lado todos os dias ?! É efeito de alguma bruxaria ?!

- Não haver nenhuma refeição em casa que não seja eu a cozinhar. Sim, porque o menino que sempre foi mimado pela mãezinha, nunca teve que aprender a cozinhar. E para além disso, nem se esforça por aprender. Rica educação que estas mãezinhas dão...
Houve um dia, que ele me acordou num domingo de manha a perguntar: "Vais fazer ovos fritos para o pequeno-almoço?" ......................................................................................................................

- Dizer que não sabe limpar... a sério, a todos os homens que dizem isto às namoradas/esposas, com todo o respeito: vão para o car*lho ! Se sabem limpar o próprio cú quando cagam, hão-de saber limpar uma casa, não é ciência de ponta, ok ?

- Roupa espalhada por todo o lado. Dele e não minha... Eu arrumo a minha roupa, porque detesto passar a ferro e assim regressa direitinha ao guarda-roupa.

- Tirar coisas e não saber arrumar de volta. Novamente, não é ciência de ponta.

- Não saber onde andam as coisas básicas da casa. Ah pois é !!! Como não arrumas as coisas, não limpas a casa, nem fazes as refeições, é claro que não sabes onde andam as coisas da casa !

- Chamar-me para tarefas estúpidas. Tipo: "Matilde, vem cá ! (lá vou eu...) Preciso que me segures aqui na tampa do caixote do lixo para poder mudar o saco." E lá fico eu, com um dedinho a segurar na tampa de um pequeno caixote do lixo, que podia muito bem estar pousada no chão. Epá, os gajos são tão engenhosos para certas coisas, mas para outras parece que existe um limite.

- Não ter cuidado, sujar a casa e não ter intenção de limpar. Isto irrita-me tanto... Migalhas debaixo da mesa no lugar dele; casa-de-banho com chão molhado e ainda por cima com marcas de pegadas, porque, como é óbvio, o chão estava molhado e alguém passou por cima e isto num azulejo de cor clara; louça que fica por lavar durante horas e depois quando é lavada (depois de mandar umas indirectas...) sobra uma carrada dela porque "não viu" que estava mais para o lado.

- Abanar a toalha de mesa com migalhas dentro da própria varanda. A sério ?! Dentro da varanda onde volta e meia andamos e trazemos essa sujidade nos sapados ?! Arrrrrr....

No entanto, tenho que admitir que não é fácil viver com uma gaja como eu, que é picuinha até mais não. Mas tenho-me contido bastante e estou orgulhosa de mim, afinal já se passaram vários meses e ele ainda está vivo.
É bom sinal !!!


terça-feira, 14 de outubro de 2014