quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Não quero casar, não senhores.

Quando assisti ao Vou-te Bater - Comedy Club 2, a certa altura o comediante Carlos Moura, perguntou se havia casais casados por ali. Atrás de nós havia um casal casado há 3 anos e depois ele olha para mim e para o meu namorado e pergunta:
- E vocês ?
- Somos namorados - responde o meu namorado
- E querem se casar ?
Tanto eu como ele devemos ter feito alguma careta, porque o homenzinho começou-se a rir e é claro até gozou com isso. Eu parti-me a rir com isso também. Mas depois em casa pus-me a pensar, a minha resposta era não, certinho como tudo, era mesmo um não. Depois daquele choque emocional que passei, basicamente não confio mais em "romance" ou "amor", tudo não passa de uma ilusão temporária, mesmo que seja por 5 anos, é tudo uma ilusão. Nada nem ninguém é perfeito. Antes via o meu namorado como se ele fosse um príncipe, era mesmo aquele, o homem perfeito, e era assim que o via, um ser perfeito em todo o seu esplendor. Quando me apercebi que afinal ele não passava de um homem, homem esse que afinal é digamos, um macho, e que por alguma razão, os machos julgam que querem e podem ter todas as fêmeas no mundo. Têm atracções por alguma rapariga nova que aparece no seu caminho. E ainda têm a lata de dizer: sabes, é que tenho reparado que existe tanta rapariga gira por aí, como por exemplo a nova estagiária que entrou na empresa. Quando me lembro desta conversa, sinto o vómito a subir na minha boca e uma ligeira tontura. Porque ainda hoje em dia, acho que sou uma tola por ter continuado com ele, depois de ouvir tanta mer..., desculpem, diarreia verbal como aquela, como é possível que não tenha desistido dele ?!
Bem sei que ele mudou, sei que ele detestava ser aquele tipo de homem e que queria desesperadamente mudar, que eu não merecia aquele tipo de homem. E admito, ele mudou, ele fez e está a fazer tudo pelo melhor, já me pediu desculpa por 3 vezes, acho que para um gajo isso é muito.
Mas algo mudou em mim, agora vejo-o como um homem, já não é aquela pessoa tão especial que era antes. Tanto que agora quando me perguntam se tenho namorado, fico a pensar se respondo ou não, porque sinceramente, não sei como é que as coisas vão correr e acho que deve ser horrível ter que responder que as coisas não resultaram quando nos perguntam pelo namorado.
Agora, falando de amor, não sei como estamos, ele não diz que me ama, e acho que nem devo perguntar sobre isso. Porque das vezes que perguntei, ele remeteu-me a um silêncio, a pensar, e depois responde: o que é o amor ? Bem...lixa-te então, mais vale não perguntar nada do que sentir que alguém me espetou algo no peito. Portanto vivo na ignorância do amor, vivo um dia de cada vez. Embora ultimamente tenho visto uma luz brilhante a vaguear pelo meu lado, acho que prefiro agarrar na escuridão, não quero viver na ilusão, prefiro o pessimismo. Por isso quando a luz aparece, eu faço questão de pensar na escuridão.
Vivo na ignorância acho eu...mas é o que me faz sentir mais feliz com esta relação.

2 comentários:

  1. "Cruzes" tanto pessimismo! E o optimismo por onde anda?

    E os 12 cm de vertigens foram comprados no ebay, também existem sabrinas com os mesmos padrões, é só procurar pela marca Iron Fist.

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  2. Obrigada pela informação. Nada como comprar sapatos para colocar uma mulher bem disposta, isso é que é terapia da boa !

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Diz-me aí uma bilhardice.